Por que ouço rádio?

outubro 5, 2010

Precisamos ter uma fonte de informação. Essa informação tem, numa divisão simples que acabei de imaginar, corpo (meio de comunicação) e alma (diretriz da emissora ou editora).

Prefiro o “corpo” rádio. Pode ser ouvido em qualquer lugar se você tiver um rádio portátil, mp4 ou celular. Não precisa ficar olhando para o aparelho, e pode fazer outras coisas paralelamente. O rádio é bem mais rápido, já que a notícia chega ao locutor, e basta que seja lida. Na TV é preciso o terno, a gravata, penteado, maquilagem, e só se interrompe um programa se a notícia tiver caráter de emergência ou nacional. O rádio pode, a qualquer momento, abrir um espaço na programação com um comentário, um gancho a partir do assunto da hora pula para a notícia urgente sem causar tensão.

A internet tem o feedback (comunicação de retorno dos clientes ou espectadores) mais veloz. Basta apenas clicar em “comentar” e deixar sua opinião para que todos a vejam. O problema é a poluição de feedbacks sem sentido, sem opinião concreta, de usuários que não têm comprometimento com a língua portuguesa ou que comentam sem ter conhecimento de causa nenhum, interferindo na discussão sadia. Até nisso o rádio leva vantagem, pois possui um feedback não tão veloz quanto eficiente, já que os produtores filtram as mensagens recebidas, escolhem as mais importantes, ou uma que represente a maioria, para ser lida no ar, sejam reclamações ou congratulações à emissora.

É preciso escolher de onde virá sua informação (alma). Sabemos que os meios de comunicação podem ou não ser tendenciosos, manipular a informação, ou a maneira como ela é oferecida. Se você vai escolher seu principal meio de informação, procure avaliar os concorrentes, acompanhando por um tempo um pouco de cada um, e assim poder avaliar melhor a credibilidade dos repórteres, a qualidade dos editoriais, a seleção de notícias e se aquilo é o que você considera importante. Assim pode escolher com segurança seu telejornal preferido, seu jornal de toda manhã na banca ou o programa que você vai ouvir no carro/ônibus, indo para o trabalho.

Pesquise o corporativo (apresentador, colunista, editor-chefe, patrocinadores) e o passado do seu centro de informação. Verifique se ele muda de opinião com freqüência. Mudar de opinião não é obrigatoriamente negativo, desde que justifique-se a mudança, apresentando argumentos.

Conselho final: tenha um meio de informação principal, e um outro secundário como referência para confirmar informações e fontes. Assim você não corre o risco de assumir ou repassar uma informação equivocada. Particular: costumo acompanhar o rádio, e confirmar detalhes em jornais ou internet.